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Polêmico: uniformes Olímpicos do Brasil geram debate

25/07/2024por Revista Visual

A poucas horas do aguardado desfile de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) está no centro de uma polêmica nas redes sociais sobre os novos uniformes que serão usados pelos atletas. A discussão ganhou força após comparações com os trajes de outros países, como o da Mongólia, que foi amplamente elogiado por seu requinte e alta costura.


Desenvolvidas em colaboração com o time de estilo da Riachuelo, patrocinadora oficial do COB, as novas vestimentas visam celebrar as raízes brasileiras, com um foco especial na cultura nordestina. A marca, originária do Rio Grande do Norte (RN), destacou o uso de pigmentos naturais e tecidos reciclados, refletindo um compromisso com a sustentabilidade. Além disso, a coleção inclui o trabalho de costureiras do programa Pró Sertão do Sebrae e bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade onde ⅓ da população depende da renda gerada pelo ofício.


No entanto, a proposta não escapou das críticas. Muitos questionam a falta de inovação e o design que, na visão de alguns, não captura o espírito vibrante e a diversidade cultural do Brasil. A insatisfação é acentuada pela comparação com a presença de grandes nomes da moda no país anfitrião, como o grupo LVMH, responsável por marcas renomadas como Louis Vuitton, Givenchy e Dior.


Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo, defende o projeto com entusiasmo: "Nosso papel é ouvir, acolher e entender as críticas, mas também reforçar que o trabalho e a dedicação investidos na criação dos uniformes nos enchem de orgulho. Este não é um projeto de uma única pessoa; todos que participaram ao longo desses dois anos dedicaram alma e coração", afirma Schroeder.


Enquanto o desfile de abertura se aproxima, o debate continua, refletindo o impacto e a visibilidade que o evento olímpico proporciona para a moda e o design nacional.


Fonte: EXAME