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Foto/Reprodução: GloboGeral

Os perigos da dieta extrema e a obsessão pela magreza

Quanto realmente custa a busca pelo corpo perfeito?

17/01/2025por Gabriela Ukracheski

O Big Brother Brasil 25 mal começou, e os comportamentos dos participantes já estão gerando discussões fora da casa mais vigiada do Brasil. Uma das participantes que mais chama atenção é a musa fitness Gracyanne Barbosa, conhecida por sua disciplina rigorosa e foco no corpo. Dentro do reality, ela tenta manter uma dieta extrema que inclui até 40 ovos por dia. 
 

Apesar de sua alimentação ser cuidadosamente planejada por especialistas para atender às demandas de sua rotina como atleta, esse tipo de dieta é inviável e perigosa para a maioria das pessoas. No confinamento, Gracyanne já encontra dificuldades para manter seu padrão alimentar, o que pode levar à perda de músculos e alterações físicas visíveis. Sua participação levanta um debate importante: até que ponto a busca por um corpo perfeito pode colocar a saúde física e mental em risco? 

Dietas restritivas ou excessivamente ricas em determinados nutrientes, como proteínas, podem sobrecarregar órgãos como os rins e o fígado, além de causar desnutrição e perda de massa muscular. Especialistas alertam que, sem acompanhamento profissional, essas práticas podem levar à deficiência de vitaminas, hipoglicemia e enfraquecimento do sistema imunológico. A busca por resultados rápidos também desregula o metabolismo, comprometendo a digestão, a saúde cardíaca e aumentando o risco de doenças metabólicas. 

Os impactos vão além do físico. A obsessão pela magreza gera sérios danos à saúde mental, especialmente em um cenário onde as redes sociais reforçam padrões estéticos inatingíveis. A comparação constante com influenciadores digitais, modelos e outras clebridades alimenta a insatisfação corporal e a distorção de imagem levando ao desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia e bulimia. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas no mundo são afetadas por algum transtorno alimentar, incluindo anorexia, bulimia, compulsão alimentar e outros. Ansiedade, depressão e baixa autoestima são consequências frequentes desse ciclo de busca por aprovação social e validação externa.  

As dietas extremas também criam um efeito sanfona, em que o peso perdido é rapidamente recuperado, gerando frustração e perpetuando um ciclo de métodos insustentáveis. Essa instabilidade não afeta apenas o metabolismo, mas também a saúde emocional, intensificando a sensação de fracasso e alimentando ainda mais o sofrimento psicológico.   

A solução para um corpo saudável e uma mente equilibrada está em práticas seguras e personalizadas. Respeitar o processo natural de emagrecimento, investir em uma alimentação equilibrada e adotar exercícios físicos de forma consciente são passos fundamentais. O acompanhamento profissional e o reconhecimento das próprias individualidades são essenciais para evitar os perigos das dietas extremas.